Voto Responsável

Rocha Loures reúne-se com lideranças de Maringá para discutir novos rumos para o País

Rocha Loures reúne-se com lideranças de Maringá para discutir novos rumos para o País


Presidente da Fiep defende revisão constitucional e grupo de economistas para aconselhar executivo


O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, reúne-se nesta terça-feira (26), em Maringá, com lideranças locais e representantes do setor industrial. Na pauta do encontro, a necessidade do Voto Responsável e as mudanças que o dirigente defende para o Brasil. Em entrevista publicada no último final de semana na revista Carta Capital, Rocha Loures defendeu a constituição de um grupo de economistas notáveis para aconselhar o executivo nas principais decisões que afetam o País.

Rocha Loures integra o chamado Conselhão do governo federal (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CDES), mas considera que este órgão consultivo é insuficiente para modernizar o Estado brasileiro. A tese de Rocha Loures é que o presidente da República tenha uma assessoria econômica composta de especialistas de diferentes tendências e pensamentos para melhor arbitrar sobre os rumos da economia brasileira. O presidente da Fiep diz ainda que é fundamental um maior envolvimento da elite no processo político. “A omissão da elite é muito grave”, afirma. Segundo ele, empresários, profissionais liberais, professores, líderes sindicais, artistas, enfim todos que exercem uma influência sobre a sociedade, têm a responsabilidade de auxiliar o eleitor a fazer escolhas de melhor qualidade.

Para as mudanças que o Brasil necessita, Rocha Loures acredita ser necessária uma revisão constitucional. A proposta defendida pelo dirigente é a revisão por meio de um conjunto de 360 parlamentares, sendo 180 eleitos somente para esse fim e os demais indicados pelas duas Casas do Congresso.

Crescimento insignificante – Fazendo uma projeção para 2007, o presidente da Fiep diz que a tendência é de um crescimento insignificante do PIB, que segundo ele não deve passar de 3%. “Toda economia reflete o contexto que a antecede, principalmente em termos de investimento. No ano passado não houve investimento, neste ano os investimentos estão decrescendo. Se a economia apresenta algum fôlego é conseqüência do aumento dos gastos públicos, do salário mínimo e do Bolsa Família”, declarou.

Na avaliação do dirigente, o juro muito alto (o mais elevado do mundo em termos reais) é o que mais afugenta os investidores. “A taxa Selic é superior a qualquer retorno de atividade produtiva. Mesmo que o empresário tenha vontade de investir, o custo do dinheiro é inviável”, declara Rocha Loures.

Sistema Fiep - Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná
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