Sesi-PR mostra condições do trabalhador da indústria

No Paraná, 34.453 trabalhadores, de 208 indústrias, responderam questionários. O projeto é do Sesi Nacional e em todo o Brasil alcançou 355.858 trabalhadores, de 2.463 empresas

O Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida do Trabalhador da Indústria, realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) do Paraná, envolveu 34.453 industriários do Estado e mostra que 9,7% deles estão obesos, 27,2% tiveram medida de pressão arterial alterada, sendo que a maioria não tinha diagnóstico médico anterior do problema. Outro dado é que 14,3% dos trabalhadores participantes têm indícios de transtornos de depressão e ansiedade.

Os resultados do Diagnóstico do Paraná foram apresentados pelo diretor-superintendente do Sesi Paraná, José Antônio Fares, que ressaltou dois importantes dados obtidos pelo levantamento. Um deles é que grande parte dos trabalhadores não tem o hábito de cuidar da própria saúde. Outro é que já existe nas empresas atitude mais preventiva e de conscientização dos seus funcionários no que se refere à qualidade de vida.

“Há alguns anos, prevenção de doença e promoção da saúde eram tratadas como programas complementares. Hoje essas questões devem integrar a estratégia de negócio das empresas. Elas devem desenvolver programas de sensibilização de suas lideranças, para que atitudes de prevenção, de hábitos saudáveis e cuidados com a saúde sejam disseminados na organização”, afirmou Fares.

Em todo o país – Projeto do Sesi Nacional, desenvolvido pelos departamentos regionais da entidade de todos os Estados, o Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida do Trabalhador envolveu em todo o País 355.858 trabalhadores de 2.463 indústrias. O objetivo é conhecer as condições dos trabalhadores e propor soluções adequadas às necessidades de cada empresa, contribuindo para a qualidade de vida dos funcionários e o aumento da produtividade da indústria.

Para o diagnóstico foram levantados dados sócio-demográficos, estilo de vida (atividade física, alimentação, consumo de álcool e tabagismo), presença de doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão, diabetes, obesidade e câncer), avaliação da qualidade de vida, presença de distúrbios de ansiedade e depressão, detecção de obesidade, medida da pressão arterial, da glicemia (quantidade de açúcar no sangue) e exame odontológico. Os trabalhadores responderam a 90 perguntas, cujas respostas foram coletadas por meio de entrevista.

No que se refere às Doenças Não-Transmissíveis, além obesidade, alteração de pressão arterial e indícios de depressão e ansiedade, o levantamento aponta que dos 12,2% dos trabalhadores pesquisados têm problema de coluna; 6,2% têm tendinite ou Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Os que têm diabetes representam 1,9% do total e os que têm doença renal somam 1,4%.

Em relação ao estilo de vida, o levantamento apontou que mais da metade dos trabalhadores participantes (54%) não consome frutas e verduras diariamente; 5,3% consomem sal em excesso e 41,1% consomem refrigerantes mais de três vezes por semana. Além disso, 35,7% não praticam atividade física suficiente para beneficiar a saúde; 32,1% não praticam atividade física no lazer; 9,6% são fumantes e 1,2% consomem bebidas alcoólicas em excesso.

Entre os participantes, 12,9% não consultaram o médico e nem o dentista nos últimos 12 meses; 7,7% não mediram a pressão arterial nos últimos dois anos e 20,4% não possuem plano de saúde. Questionados quanto à ausência no trabalho, 36,1% relataram um dia de absenteísmo devido a problemas de saúde e 14,83% por acidente de trabalho.
No Paraná, em relação ao estilo de vida, o levantamento apontou que mais da metade dos trabalhadores participantes (54%) não consome frutas e verduras diariamente; 5,3% consomem sal em excesso e 41,1% consomem refrigerantes mais de três vezes por semana. Além disso, 35,7% não praticam atividade física suficiente para beneficiar a saúde; 32,1% não praticam atividade física no lazer; 9,6% são fumantes e 1,2% consomem bebidas alcoólicas em excesso.

Outro dado é que dos 14,3% dos trabalhadores que apresentaram resultados indicando transtornos de depressão e ansiedade, dos quais 83,9% não referiram diagnóstico médico anterior.

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