Projeto do Senai Paraná é primeiro lugar em edital nacional de inovação

Proposta do Senai Paraná, denominada Brazilian Berries, pretende desenvolver o cultivo e industrializar amoras nativas, que serão produzidas em pequenas propriedades da região de Palmas

clique para ampliar Variedade de amora é encontrada em Palmas (Foto: Marco Giotto)

Além de ter o maior número de projetos aprovados no Edital Senai/Sesi Inovação deste ano – foram 11, dos 23 submetidos – o Paraná é também destaque na classificação geral de projetos mais pontuados. O “Brazilian Berries”, projeto feito em parceria com a empresa de Samalou, de Palmas, recebeu 838,5 pontos, a melhor nota entre todos os projetos brasileiros submetidos ao edital.

A pontuação coloca o Paraná no 1º lugar do ranking nacional de classificação. O Edital é uma iniciativa do Senai Nacional para apoiar e incentivar projetos inovadores propostos pelas indústrias, em parceria com o Sesi e o Senai. Neste ano, o edital recebeu 267 propostas de diversos estados.

O projeto Brazilian Berries baseia-se na seleção, adaptação e desenvolvimento de tecnologias de cultivo de variedades de amoras verdes nativas, bem como a industrialização do extrato da fruta. A variedade é encontrada no interior de Palmas e do Estado de Santa Catarina.

O trabalho desenvolverá a cadeia de produção de frutas, com o apoio da Embrapa e, na sequência, o registro em nível mundial, passando pela produção em escala de agricultura familiar, no modelo de produção orgânica. O passo seguinte será a industrialização das amoras e a colocação no mercado de um produto com grande valor agregado e propriedades nutracêuticas.

A consultora Senai Paraná, da unidade de Francisco Beltrão, e gestora do projeto,

clique para ampliar Projeto envolverá a cadeia de produção de frutas (Foto: Marco Giotto)

Silviane Tibola, explica que a proposta abrange diferentes elos da cadeia de frutas e com grande potencial exportador. A demanda por pequenas frutas, como morango, amora e framboesa, segundo ela, tem aumentado significativamente no Brasil, nos últimos anos, mas que a produção nacional ainda é insuficiente para atender a demanda interna.

Ela destaca que o desenvolvimento de uma variedade exclusiva, com características organolépticas (cor, sabor, aroma) mais adequadas ao consumo in natura, dará um enorme diferencial competitivo à indústria brasileira no âmbito global.

Para a expansão do cultivo, a coordenação do projeto terá que fazer o melhoramento genético da fruta, em parceria com a Embrapa, para então estimular a produção entre os pequenos produtores.

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