A rede de pessoas é a rede mais inovadora

Utopias são ideias importantes para o desenvolvimento e para a inovação; e foi a partir desse conceito que o Instituto Europeu de Estratégias Criativas e Inovação lançou para discussão o projeto Cidades-Colinas, proposta de cidade ideal para o futuro. O criador do instituto, Marc Giget, esclarece que o conceito está aberto à contribuição de todos […]

Utopias são ideias importantes para o desenvolvimento e para a inovação; e foi a partir desse conceito que o Instituto Europeu de Estratégias Criativas e Inovação lançou para discussão o projeto Cidades-Colinas, proposta de cidade ideal para o futuro. O criador do instituto, Marc Giget, esclarece que o conceito está aberto à contribuição de todos que estejam interessados no futuro e na inovação das cidades para enfrentar esse futuro.

A proposta, que pode ser vista no site WWW.cites-collines.com, concentra grandes populações, com tudo o que pode precisar, em torres de 1 quilômetro de altura – três delas seriam suficientes para cerca de 100 mil habitantes – a Burj Califa Tower, por exemplo, inaugurada em janeiro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem 828 metros e 162 andares.

Inspiradas na história e na natureza, o projeto das torres combina residências e todas as atividades possíveis e necessárias a uma cidade, inclusive áreas verdes em plataformas instaladas no alto. Seriam construídas, obviamente, seguindo rigorosamente todos os preceitos de um edifício verde. E representariam enorme preservação ambiental, já que ocupariam um mínimo de terras.

O professor e sociólogo francês Marc Giget, especialista em inovação empresarial, avalia que as cidades mais inovadoras sempre foram local de convergência de pessoas de todo o mundo, de todas as tendências; e abertas a influências de todo tipo. Historiando o passado das cidades, Giget afirma que a inovação foi o sucesso de Babilônia, Cartago e Persépolis até cidades do Renascimento, como Florença e Veneza, chegando às duas cidades mais inovadoras de hoje em sua avaliação, Barcelona e Helsinki.

Giget diz que Helsinki é considerada o laboratório vivo da Europa, um espaço perfeito para testes; tudo o que há de novo em tecnologia é importado e colocado à disposição da população, que tem canal aberto permanente com a municipalidade. Lá estão as estruturas que correspondem aos desafios, a cidade tem alto nível educacional e de pesquisa e desenvolvimento. É a cidade favorita dos empreendedores europeus.

Barcelona, por seu lado, é uma incógnita. Segundo Giget, não se sabe porquê, mas Barcelona é a cidade que mais atrai profissionais e pessoas pensantes, a mais amada pelos jovens, a mais atraente em muitos sentidos. Na opinião do especialista, Paris na Belle Époque foi uma das cidades mais inovadoras. Ao tempo da Exposição Universal de 1900, as informações nas linhas do metrô parisiense, inaugurado naquele ano, eram escritas em 34 línguas. Hoje, ele considera que a cidade é bem menos internacional.

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