Fiep lança projeto de inovação em embalagens

Programa coordenado pelo Centro Internacional de Negócios vai disponibilizar consultorias para indústrias paranaenses de móveis e madeira

clique para ampliar clique para ampliarProjeto foi apresentado durante a reunião com as empresas (Foto: Divulgação)

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN-PR), lançou nesta quinta-feira (10), em Curitiba, o projeto “Al Invest – Inovação em Embalagens”. Voltado para indústrias de móveis e madeira do Paraná, o programa vai disponibilizar consultores para preparar as empresas participantes a fim de que promovam adequações nas embalagens de seus produtos, visando tanto o mercado interno como externo. Posteriormente, a metodologia será replicada para outros quatro estados brasileiros.

Uma iniciativa do CIN-PR, o projeto tem chancela da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e conta com financiamento do programa Al Invest, da União Europeia. Além disso, tem apoio do Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Paraná (Simov) e do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), responsáveis pela indicação de parte das empresas participantes.

“O CIN-PR proporciona um novo e importante projeto para a indústria, prestando um apoio imprescindível para o crescimento e internacionalização de nossas empresas”, afirmou o diretor de Relações com Sindicatos e Coordenadorias Regionais da Fiep, Milton Bueno, que participou do lançamento.

Para a coordenadora do CIN-PR, Janet Pacheco, o projeto é uma grande chance para as empresas participantes melhorarem seus sistemas de embalagem. “Ela receberão uma consultoria personalizada para cada empresa, durante oito meses, em uma oportunidade ímpar para que diminuam seus custos, melhorem seus processos e possam ganhar novos mercados”, disse.

Lançada como um projeto-piloto, a iniciativa vai atender 30 indústrias de móveis e madeira do Paraná. Nesta quinta, dez empresas de Curitiba e Região Metropolitana assinaram o termo de adesão e assistiram a uma apresentação da empresa STCP, que aplicará a consultoria. Além delas, serão beneficiadas na sequência outras 20 empresas de Ampére, Francisco Beltrão, União da Vitória, Maringá e Arapongas.

O presidente do Simov, Aurélio Sant’Anna, acredita que o projeto pode trazer grandes benefícios para a indústria de móveis paranaense, não apenas no que diz respeito a exportações. “Costumo dizer que precisamos ter produtos bons para atender qualquer mercado do mundo, inclusive o brasileiro, e este produto poderá nos ajudar a resolver os problemas que encontramos em dos aspectos desse processo, que é o da embalagem”, declarou.

Atendimento

A partir da próxima segunda-feira (14), as empresas da região de Curitiba já começam a receber, individualmente, as visitas dos consultores. Emílio Martinez, designer de produtos especializado em embalagens, que coordenará os trabalhos de campo, afirmou que um dos grandes gargalos para a indústria de móveis atualmente é o transporte dos produtos. “Por isso, muitos fornecedores de embalagem acabam fugindo desse setor”, explicou. “São produtos robustos, mas que possuem acessórios e acabamentos delicados, o que dificulta a embalagem”, acrescentou.

Segundo Martinez, muitas vezes o problema se encontra no processo de desenvolvimento dos produtos em si. “As empresas focam no desenvolvimento de novos produtos, mas paralelamente ao projeto não é feita uma investigação sobre qual a melhor embalagem”, afirmou.

Para o consultor, o projeto “Al Invest – Inovação em Embalagens” poderá trazer grande benefícios às indústrias participantes principalmente no que se refere à redução de custos. “Recentemente fizemos um trabalho bastante parecido no Equador e uma das empresas, com as recomendações implantadas, teve uma economia de US$ 15 mil por ano apenas com as fitas adesivas, mudando apenas a maneira como os funcionários aplicavam essas fitas”, exemplificou.

Cronograma

A consultoria acontecerá em três etapas principais. Na primeira, será feito um diagnóstico sobre o atual estágio que as empresas se encontram em relação ao desenvolvimento de suas embalagens. Em seguida, receberão recomendações sobre as adequações necessárias no processo de embalagem dos produtos.

Por fim, serão implantados novos sistemas que permitam o melhoramento do desenho técnico, especificações e desenvolvimento estrutural das embalagens utilizadas para proteger, movimentar, armazenar, transportar e divulgar os produtos no mercado nacional e internacional. Para participar do projeto, as empresas devem se comprometer a aplicar pelo menos 60% das recomendações.

O “Al Invest – Inovação em Embalagens”, cujas consultorias serão gratuitas para as indústrias participantes, pretende proporcionar reduções de custos e gerar modernização e inovação para as empresas. Para a execução do programa, foi contratada pela CNI, com recursos do Al Invest, uma empresa de consultoria especializada no segmento de embalagens. Ela executará as ações com as empresas de maneira personalizada. A Fiep, por meio do CIN, acompanhará e coordenará o programa.

Após a execução do projeto-piloto no Paraná, que deve durar oito meses, a metodologia será replicada para outros quatro estados – Pará, Mato Grosso, Rondônia e Santa Catarina -, atendendo mais 120 empresas.

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