A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) vai contestar na justiça a decisão que suspendeu a continuidade do processo eleitoral na entidade. “Ao iniciarmos a sucessão na Fiep agimos dentro dos procedimentos legais e sempre seguindo o que determina nosso estatuto, com total transparência e ética”, afirma Rodrigo da Rocha Loures, presidente da Fiep. A ação contra o início do processo foi movida por apenas quatro sindicatos empresariais. Três deles tem o mesmo presidente, ou seja, apenas duas pessoas decidiram ajuizar a ação. A Fiep tem 99 sindicatos afiliados.
Como reza o estatuto da Fiep, a abertura de prazo para registro de chapas para disputar a Presidência da federação pode ser feita a qualquer tempo, independente da data da eleição, marcada sempre para o mês de agosto. Historicamente, isso sempre acontece vários meses antes do pleito. A publicação do edital para registro de chapas foi feito em jornal de circulação estadual dia 18 de dezembro, com ampla divulgação para os sindicatos. A partir daí os interessados teriam 10 dias para apresentar os nomes que comporiam uma chapa para disputar a eleição da entidade. A diretoria eleita é responsável por uma gestão de quatro anos frente à organização.
“Repudiamos a iniciativa desses quatro sindicatos que, ao invés de trazerem o assunto ao diálogo interno, como sempre fizemos nestes sete anos da nossa gestão, procuraram a interferência da Justiça”, lamenta Rocha Loures. Segundo o presidente da Fiep, o início do processo eleitoral na entidade está totalmente dentro da autonomia e das normas estatutárias, que buscam representar os interesses da indústria paranaense e sua representação sindical. “Uma ação judicial é lamentável porque significa uma verdadeira intervenção estatal nos assuntos internos de nossa organização”, finaliza Loures.