Sesi, Unindus e FESP iniciam curso pioneiro Gestão do Valor Humano nos Negócios

A aula inaugural foi sexta-feira (26). É o primeiro curso do Brasil a trazer conceitos de mensuração da gestão de pessoas como estratégia de negócios.

Foi realizada sexta-feira (26) a aula inaugural do MBA em Gestão do Valor Humano nos Negócios, uma iniciativa pioneira no Brasil, realizada pelo Sesi-PR, a FESP (Faculdade de Educação Superior do Paraná) e a Unindus – universidade corporativa do Sistema Fiep. É o primeiro curso do País que trata de conceitos de mensuração das atividades de gestão de pessoas como estratégia de negócios. O curso conta com o apoio da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-PR) e da consultoria Sextante Brasil.

O MBA tem como foco a gestão de indicadores, métricas e ferramentas estratégicas para o RH. A grade curricular é formada a partir das necessidades do mercado e dos negócios. O programa inclui matérias de gestão de pessoas, assim como economia, sustentabilidade, análise de dados, planejamento estratégico, comunicação institucional, tomadas de decisão e benefícios aplicáveis nos negócios.

 “É uma quebra de paradigma, estamos formando um novo profissional da área de gestão de pessoas”, disse o presidente da FESP, professor Antonio Carlos Morozowski, ao abrir a aula inaugural, realizada no auditório da instituição, com a presença dos alunos, professores dirigentes e profissionais das entidades parceiras.

O diretor superintendente do Sesi-PR, José Antonio Fares, falou sobre o vínculo que as pessoas estabelecem com a organização em que trabalham e lembrou que até alguns anos atrás essa relação era mais natural. “As pessoas eram mais compassivas, as empresas não sofriam tanto a pressão da competitividade. A gestão de pessoas era feita com base em valores intangíveis, como a experiência e a percepção do gestor”, disse ele.

“Hoje, a sociedade é mais consciente e pró-ativa. As empresas atuam em um mercado muito mais competitivo. Não dá mais para o profissional de gestão de pessoas se basear em valores intangíveis, não há mais espaço para práticas conservadoras. É preciso métrica, indicadores que orientem a gestão de forma a que o capital humano seja, de fato, um diferencial e uma força integrada à estratégia de negócios da organização”, afirmou Fares. “Esse programa é uma oportunidade para os profissionais se capacitarem para esse novo momento. Nossa expectativa é contribuir para aprimorar a relação entre a sociedade e o mercado e ajudar as pessoas a serem mais felizes no trabalho”, disse ele.

A presidente da ABRH-PR, Sônia Gurgel, explicou que o MBA Gestão do Valor Humano nos Negócios vem ao encontro do esforço da entidade para mudar a visão das empresas e do profissional de gestão de pessoas. “É preciso deixar a mentalidade de gestão baseada no intangível. Não é uma tarefa fácil, mas estamos avançando. Hoje, no Paraná, já existem inúmeras organizações que atuam com métricas e buscam traduzir o despenho do seu capital humano em números, de forma a que ele possa influenciar a gestão da empresa como um todo”, afirmou ela.

Retenção de talentos- A Sextante Brasil foi a primeira do País a estudar a mensuração da gestão de pessoas e desenvolver métricas que possibilitam obter resultados tangíveis. Na sua palestra, a socióloga e professora Rugenia Pomi, co-fundadora e diretora executiva da Sextante Brasil, disse que esse novo modelo permite medir o equilíbrio financeiro e pessoal das organizações, fazendo com que as empresas possam gerar riquezas com sustentabilidade, sem deixar para trás rastros negativos, como altos índices de doença e de acidente de trabalho.

“Quando a economia voltou a crescer, depois da crise de 2008, evidenciou-se a escassez de talento e de qualificação profissional. Isso é um desafio para o País. Reter talentos é palavra chave para as empresas”, disse ela.

Segundo ela, o uso de métrica e indicadores para medir resultados alcançados pelas pessoas dentro da organização significa transformar conhecimento em sabedoria. “O engajamento das pessoas na cultura organizacional da empresa é resultado de um ambiente seguro e saudável, da satisfação e da produtividade”, afirmou Rugenia.  “As organizações valem e se sustentam pelo seu capital humano. “Isso se traduz em valores próprios, conhecimento, sabedoria, saúde integral, poder interno, coragem, liberdade, capacidade de construção e reconstrução.   

Sistema Fiep - Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 200 - Centro Cívico - 80530-902 - Curitiba-PR