Movimento cidades em transição inspira empresas a trabalhar de forma sustentável

O tema foi destaque no GFAL 2011 nesta segunda-feira. O movimento engaja a sociedade e busca transformar cidades em modelos de coexistência e de produção autônomos e sustentáveis

O movimento internacional cidades em transição foi um dos destaques do Global Forum América Latina na tarde de segunda-feira (29). O movimento engaja a sociedade e busca transformar cidades em modelos de coexistência e de produção autônomos e sustentáveis, menos vulneráveis às crises externas, não se restringe apenas a grandes aglomerações. Ele pode ser aplicado em bairros, pequenas comunidades e até em empresas.

“A ideia é conectar pessoas, comunidades, instituições e cidades em programas de longo alcance, fomentando a autossuficiencia e a cultura da resiliência para tornar as comunidades mais fortes em termos sociais e econômicos e resistentes a problemas como crises de abastecimento, escassez de petróleo e mudanças climáticas”, diz Zaida Amaral, arquiteta e ambientalista treinadora do Movimento Cidades em Transição.

Segundo Zaida, a humanidade passa por um processo de transição, em que convivemos com a crise do petróleo, crise financeira mundial e mudanças climáticas. “Somos a primeira geração que precisa fazer alguma coisa em relação às mudanças climáticas, somos a primeira geração a ter responsabilidade com o futuro e ter de quebrar uma cultura de futuro passivo”, disse.

Na avaliação de Carolina Piccin, gestora ambiental e especialista em sustentabilidade empresarial, o movimento tem foco nos indivíduos e pode ser adaptado para empresas e bairros. “Em São Paulo temos o Boa Praça, uma iniciativa pequena, em que as pessoas estão se reunindo em praças para compartilhar os interesses e pensar em transição nos bairros”, disse.

Zaida Amaral explica que as empresas também podem passar por uma transição. “Em todas as cidades que passaram por um processo de transição, houve duas ou três pessoas que tiveram a intenção de inovar. As empresas precisam incentivar a mudança e a criação de comunidades locais que ajam por si mesmas”, observou.

Um dos princípios da transição é mudança interna e externa, ou seja, para transformar um ambiente é necessário, primeiro, que o indivíduo passe por uma transformação. Para Cândido Azeredo, co-criador do LabGov no Instituto Tellus, existe uma necessidade sobre a transição do individuo para que isso gere transformação na sociedade. “Isso passa pelo empoderamento do individuo. É preciso respeitar o tempo de transição de cada individuo para que as mudanças aconteçam”.

O Global Forum America Latina  vai até quarta-feira (31) e terá ao todo mais de 50 palestras e debates virtuais, com conteúdos disponibilizados ao vivo pela internet. Os participantes podem organizar a programação de acordo com seu interesse. Ainda é possivel se inscrever através do site www.globalforum.com.br. Todas as palestras de segunda-feira poderão ser consultadas na terça-feira (30), através de uma plataforma na internet, no site do Global Forum.

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