Fórum Unidos pela Paz aponta caminhos para construção da sociedade desejada

Família, escola, vizinhança solidária e redução da impunidade foram apontados pelos participantes do evento, realizado quinta-feira (28), pela OAB, com apoio do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, Grupo Paranaense de Comunicação, ACP e Lions Club

O resgate de valores familiares, a diminuição da impunidade, escola em tempo integral, programas de vizinhança solidária e a criação de espaços de interação comunitária. Esses são os caminhos para criação de uma sociedade desejável, apontados pelos participantes do Fórum Unidos pela Paz, promovido na tarde de quarta-feira (28), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, Lions Club, Associação Comercial do Paraná e Grupo Paranaense de Comunicação.

Durante o encontro, realizado na sede do Jardim Botânico da Fiep, foi aplicada a metodologia, pela qual os participantes puderam indicar o melhor de uma sociedade e  propor que ela crie o futuro desejado. Nos diálogos, todos tiveram voz e se comprometem a modificar a situação atual por aquela desejada por todos.

Dar voz à comunidade e à entidades civis foi, justamente, o objetivo do Fórum Unidos pela Paz. Mais de 160 pessoas participaram de grupos de trabalho, nos quais foram levantadas soluções para transformar o cenário de violência e criminalidade que ameaça todo o Estado.

“O evento mostra a vontade que todo cidadão tem de construir uma sociedade mais justa e segura. A mobilização em prol de causas como esta comprova a pureza de nossos propósitos e nossa capacidade de ação”, afirmou José Lucio Glomb, presidente da OAB Paraná na abertura do Fórum.

Para o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, é possível mudar o quadro crescente de violência com ações que envolvam a sociedade com um todo. “Este encontro permite visualizar estratégias que possam alterar o quadro de insegurança e violência. Ouvir as partes interessadas é o primeiro passo para trabalhar a favor da paz e como consequência resolver outros problemas que assolam a comunidade”, ressaltou.

O vice-presidente do Grupo Paranaense de Comunicação, Guilherme Cunha Pereira, também destacou a necessidade de as entidades se unirem para transformar o quadro de índices alarmantes de criminalidade. “Se algo pode gerar uma transformação é o esforço das entidades aqui reunidas”, disse.

Sonhos e ações – A criação de conselhos de segurança em todos os bairros de Curitiba e Região Metropolitana foi uma das ações mais propostas pelas pessoas que participaram do evento. Os CONSEGs reúnem representantes da comunidade para discutir e analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas comunitários de segurança, desenvolver campanhas educativas e estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias lideranças locais.

Para o morador do bairro Capão da Imbuia, José Juvanci Silva, qualquer discussão que se refere à segurança é pertinente e acredita que atualmente as ações voltadas ao tema não são preventivas e sim paliativas. “Querer mais módulos policiais, por exemplo, é trabalhar com insegurança. Nossa luta deve ser por políticas de segurança que ofereçam ao cidadão condições de andar pelas ruas sem se preocupar com roubo ou violência. Não adianta mais policiais se não nos unirmos por uma causa comum e mudar a realidade por meio do desenvolvimento do capital humano”, observa.

As informações, comentários e sugestões que surgiram durante o Fórum, farão parte de um documento coletivo, que servirá de subsídios para as ações propostas pelos envolvidos. As informações geradas serão entregues às entidades organizadoras, as quais irão disponibilizar aos interessados.

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