Levantamento feito pelo Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado Paraná (Fiep) aponta queda de -0,2 no Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEC-PR) em janeiro, atingindo 33,0 pontos e continuando na área de pessimismo pela 22ª vez consecutiva. Este é o menor nível de toda série histórica para o mês de janeiro desde 2009. A queda de -0,2 posicionou o índice -9,3 abaixo do nível de confiança de janeiro de 2015. O maior impacto negativo é reflexo da piora do indicador de condições da empresa, que apresentou queda -2,4 em relação a dezembro.
Neste mês, o Índice de Confiança apresenta aumento nos indicadores de condições e queda no de expectativas. O de Condições aumentou +0,1, situando-se em 28,8 pontos, mas continua na área de pessimismo, ficando -7,3 abaixo do registrado no mesmo período de 2015. Já o indicador de Expectativas caiu -0,3, atingindo 35,1 em janeiro, também permanecendo na área de pessimismo. Na comparação para o mesmo período de 2015, este índice mostra redução de -10,8.
Indústria de Transformação
Apesar de o ICIT-PR (Índice de Confiança da Indústria da Transformação) ter subido +2,9 em janeiro, os empresários continuam pessimistas conforme demonstra o nível do índice situado em 33,4. O aumento de +6,0 no indicador que mede as expectativas da empresa contribuiu para o impacto positivo deste mês, mas não modificou o resultado final, que permanece pela 25ª vez consecutiva na área de pessimismo. O Índice de Confiança deste mês ficou -6,4 abaixo do indicador de janeiro de 2015.
O Índice de Condições aumentou +1,7, mas, mesmo assim, permanece na área de pessimismo com 27,1, e -7,1 abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. O Índice de Expectativas também apresentou aumento na ordem de +4,1, e continua na área de pessimismo com 38,6. Quando comparado os números de janeiro deste ano com os do ano passado, este índice mostra redução de -5,3.
O superintendente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Reinaldo Tockus, explica que “os indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes, melhores condições ou expectativas positivas”. Tockus explica ainda que, para se encontrar o Índice de Confiança nessa pesquisa qualitativa, os empresários são questionados quanto as suas percepções sobre as condições da economia, que recebe peso 1 na avaliação, e às específicas de seus negócios, que tem peso 2. “Este número, obtido pela combinação ponderada, representa o sentimento dos empresários no momento da pesquisa e a sua expectativa para os próximos seis meses.”
Indicadores Conjunturais de dezembro para a Indústria da Transformação
Os indicadores conjunturais de difusão sobre o nível de produção apresentaram resultados negativos em relação a novembro, com queda no “Volume de Produção”, que de 38,8 passou para 34,4; a “Utilização da Capacidade Instalada (efetiva/usual)” caiu de 30,5 para 27,5 e a “Utilização de Capacidade Instalada (%)” se manteve em 65,0.
Os indicadores da situação atual apresentaram resultados ambíguos, sendo que apenas a “Estoques de Produtos Finais (planejado/desejado)” está na área de otimismo: a “Evolução do Número de Empregados” passou de 41,6 para 42,7. A evolução de “Estoque de Produtos Finais (planejado/desejado)” passou de 60,1 para 55,3 e os “Estoques de Produtos Finais (evolução)”, passaram de 51,2 para 49,1.
Já os que medem a atividade futura apresentaram resultados positivos. “Demanda por Produtos” de 38,0 para 44,3; “Número de Empregados” de 39,9 para 42,6; o “Compra de Matéria-Prima” de 36,6 para 44,2 e o indicador de “Quantidade Exportada”, de 49,2 para 51,6. Todos os indicadores foram comparados entre os de novembro e dezembro.