O presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, participou na tarde de quinta-feira (17) de uma reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na ocasião, cerca de 300 federações, associações e outras entidades que representam milhares de empresas e milhões de trabalhadores manifestaram apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Discursando durante o encontro, Campagnolo destacou a união de quase uma centena de entidades do setor produtivo e de classe paranaenses, que na manhã de quinta, durante reunião no Sistema Fiep, também já haviam manifestado apoio ao impeachment. Ele ressaltou que a decisão foi tomada principalmente após a nomeação do ex-presidente Lula para o cargo de ministro da Casa Civil, o que considera uma tentativa de obstrução do trabalho da Justiça. “Esta foi a resposta que a presidente Dilma deu às 6 milhões que foram às ruas no domingo. É uma situação que deixou todos os paranaenses indignados”, declarou. Ele também destacou a liderança do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, nas mobilizações que pedem uma solução para a crise vivida pelo país.
Skaf, por sua vez, explicou em entrevista coletiva depois da reunião que a presidente Dilma Rousseff não parece inclinada à renúncia, que seria a forma mais rápida de resolver a questão política que trava a economia. Por isso o impeachment passou a ser a opção prioritária, disse, lembrando que horas antes havia sido instalada a comissão que vai analisar o processo. “A bandeira de todos nós, ontem, era renúncia já”, disse Skaf. “Mas a presidente não renunciou e não sinaliza vontade de renunciar. Hoje é Impeachment Já!”, acrescentou.
Skaf anunciou também que todos concordaram em atuar junto às bancadas de deputados federais e senadores e aos governadores de seus respectivos Estados, para dar celeridade ao processo de impeachment. “Todos aqui irão se concentrar em conscientizar os parlamentares que a sociedade quer uma mudança, quer o impedimento da senhora presidente da República”, disse Skaf. Para ele, O governo brasileiro não está trabalhando para a Nação, “está trabalhando para se sustentar, para se segurar no poder”.
Com informações da Agência Indusnet Fiesp