A prevenção é o futuro da indústria
Em 27 de julho de 1972 foram publicadas as portarias 3.236 e 3.237 que regulamentaram a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho. Elas são um marco porque determinaram que empresas com mais de cem funcionários tivessem um serviço de Segurança e Medicina do Trabalho. Naquela década, estimava-se 1,7 milhão de acidentes laborais ao […]
Em 27 de julho de 1972 foram publicadas as portarias 3.236 e 3.237 que regulamentaram a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho. Elas são um marco porque determinaram que empresas com mais de cem funcionários tivessem um serviço de Segurança e Medicina do Trabalho. Naquela década, estimava-se 1,7 milhão de acidentes laborais ao ano – o número era tão alarmante, que o Banco Mundial ameaçou cortar financiamentos para o Brasil. Por isso, 27 de julho passou a ser considerado o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho.
É fato que os acidentes laborais não são um problema exclusivo do Brasil. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 131 milhões de trabalhadores sofrem acidentes não fatais a cada ano – são 860 mil por dia; 115 a cada 15 segundos. Ainda de acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), são 6.400 mortes ao dia; uma a cada 15 segundos.
O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking de acidentes laborais, sendo que o Paraná está em 3º lugar na colocação brasileira de mortes por acidentes de trabalho e possui 3 milhões de industriários aposentados por eles. Por ano, são 52.132 acidentes de trabalho no Estado. Além do dano óbvio para a vida pessoal e profissional do trabalhador, dados do anuário estatístico da Previdência Social mostram o quanto são prejudiciais para a economia: de 2007 a 2013, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) pagou R$ 58 bilhões em indenizações para acidentados no país. Para o setor, o gasto com os acidentes laborais impacta negativamente no crescimento: de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), as indústrias paranaenses gastaram mais de R$ 224 milhões com afastamentos por acidentes de trabalho em 2014.
Tendo como foco diminuir gastos e atuar de forma preventiva no que diz respeito à segurança e a saúde da indústria, o Sesi no Paraná oferece consultorias e serviços exclusivos ao setor. Eles vão desde as Consultorias em Segurança e Saúde no Trabalho – Gestão do Absenteísmo, Gerenciamento do Fator Acidentário de Prevenção e NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico) – e em Passivos Trabalhistas, às avaliações quantitativas de agentes ambientais e execução de programas legais.
Já quando falamos sobre as Normas Regulamentadoras, que fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e à medicina do trabalho, o Sistema Fiep atua de forma integrada. O diagnóstico, orientação e assessoria técnica ficam sob responsabilidade do Sesi, já a maioria dos treinamentos profissionais de aperfeiçoamento e qualificação existentes nas normas, está a cargo do Senai. Isso porque o Sistema Fiep entende que menos multas e afastamentos e mais prevenção geram produtividade e competitividade, impulsionando assim a indústria paranaense.