O Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel, com sede em Telêmaco Borba, no Paraná, foi o vencedor do Prêmio Ozires Silva, na modalidade empreendedorismo econômico, na categoria empresa de médio porte. O projeto vencedor, de autoria do pesquisador Geraldo de Aguiar Coelho, consiste em um novo processo de separação de alumínio, polietileno e fibras vegetais da embalagem longa vida. Este tipo de embalagem, quando descartada de forma inapropriada, pode demorar centenas de anos para sua decomposição, causando um grande impacto ao meio ambiente.
As tecnologias de reciclagem desenvolvidas até então se mostravam pouco eficientes para as embalagens longa vida. “Neste tipo de embalagem, há uma forte aderência do alumínio com o plástico e a separação destes dois materiais demanda muita energia, podendo levar à combustão do plástico e à oxidação do alumínio, resultando num resíduo de baixo valor comercial”, explica o pesquisador.
Com a tecnologia desenvolvida no Senai, o plástico é dissolvido em solvente, possibilitando a remoção do alumínio por peneiramento. Da fração líquida faz-se destilação fracionada para concentração do plástico e condensação do solvente. Desta forma, podem ser recuperadas as fibras, o plástico e o alumínio, de elevada pureza, aumentando o interesse comercial e as possibilidade de uso do produto reciclado. O resultado é o aproveitamento melhor do resíduo e a redução do impacto ambiental pela diminuição do volume de embalagens dispostas nos aterros.