Congresso deve ter responsabilidade ao analisar projeto de abuso de autoridade, diz Campagnolo

Presidente da Fiep cobra ainda aprovação de medidas que reduzam a sensação de impunidade no país

O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, cobra responsabilidade do Congresso Nacional nas discussões sobre o projeto que estabelece crimes de abuso de autoridade. Nesta quarta-feira (19), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado adiou para a próxima semana a votação do relatório do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que sofre críticas de agentes responsáveis por investigações de combate à corrupção.

“Diante dos inúmeros escândalos de corrupção envolvendo a classe política, a sociedade cobra medidas que, efetivamente, contribuam para o fim da sensação de impunidade que sempre marcou o Brasil”, afirma Campagnolo. “O Congresso precisa assumir sua responsabilidade de representante da sociedade e não pode tomar atitudes que pareçam tentativas de intimidação àqueles que investigam as denúncias de desvios de recursos públicos”, completa.

Além de cobrar que o projeto de abuso de autoridade não sirva como instrumento de intimidação especialmente a policiais, promotores e juízes envolvidos em operações de combate à corrupção, o presidente da Fiep pede mais agilidade na apreciação de outras medidas que diminuam a sensação de impunidade. Entre elas, a proposta que acaba com o foro privilegiado em casos de crimes comuns, que já tramita no Senado há quatro anos. “Essa medida é importante para acabar com um benefício que serve apenas para retardar ou dificultar a punição de detentores de cargos públicos que se envolvem em irregularidades. É preciso aprovar esse projeto para dar uma resposta concreta à sociedade”, diz Campagnolo.

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