Brasil piorou colocação no ranking mundial de corrupção, constata Transparência Internacional

O Brasil caiu nove posições no índice de percepção da corrupção em 2018, ficando em 105ª colocação no recém lançado estudo da Transparência Internacional. O índice é avaliado anualmente e a pontuação indica o nível percebido de corrupção no setor público em 180 países. A 105ª colocação é o pior resultado do Brasil nos últimos […]

O Brasil caiu nove posições no índice de percepção da corrupção em 2018, ficando em 105ª colocação no recém lançado estudo da Transparência Internacional. O índice é avaliado anualmente e a pontuação indica o nível percebido de corrupção no setor público em 180 países. A 105ª colocação é o pior resultado do Brasil nos últimos seis anos, segundo a Transparência Internacional. Em 2017, o Brasil ficou em 96º.

O Brasil ficou atrás de nações como Argentina, Burkina Faso, Colômbia, Sri Lanka e Ruanda, e está empatado com Argélia, El Salvador, Peru, Timor-Leste e Zâmbia. Lideram o ranking de 2018 como os países mais íntegros Dinamarca, Nova Zelândia, Finlândia, Singapura e Suécia. No outro extremo, com maior percepção de corrupção, estão Somália, Síria, Sudão do Sul, Iémen e Coréia do Norte.

A informação foi apresentada por Rodrigo Zani, gerente de Riscos e Compliance do Sistema Fiep, nesta quarta-feira (13) na primeira reunião de 2019 da Rede Paranaense de Compliance. A Rede é uma iniciativa do Sistema Fiep em parceria com o CIFAL Curitiba para estimular a troca de experiência e o compartilhamento de boas práticas.  Nesta primeira reunião do ano os temas em pauta foram “Ética Digital” e “Os Riscos das Investigações Internas no Programa de Compliance”. Irineu Roveda Junior, superintendente de áreas corporativas do Sistema Fiep alertou para o risco de problemas éticos na era digital. “Estamos apenas no início da era digital. Muitas empresas estarão expostas e é preciso se preparar para isso”, alertou. Para ele, a era da inteligência artificial demanda calma e prudência.

Sobre os “Riscos das Investigações Internas nos Programas de Compliance”,  Marcos Turbay, da Compliance School, disse que um efetivo trabalho de compliance demanda método, conformidade, qualidade, recursos, independência e rastreabilidade. Ele observou que os principais riscos para a eficiência de uma ação de compliance são o que ele chamou de ‘fase de raiva’ e ‘fase de negação’. Na primeira o responsável pela empresa denunciada reage de forma emocional voltando-se contra quem fez a denúncia e na segunda ele quer negar o fato.

“É apenas quando se entra na fase de ‘barganha’ que se abre a oportunidade para a integridade”, observa Turbay. Segundo ele, quando o proprietário ou gestor da empresa afirma que ‘é preciso resolver o problema da melhor forma’ é o momento certo para se realizar a investigação. “Não se pode deixar contaminar pelas fases de raiva e negação”, alerta.

A próxima reunião da Rede Paranaense de Compliance acontece em junho, em data a ser definida. O calendário pode ser conferido pelo site: http://www.sistemafiep.org.br/rede-compliance/. Para participar da Rede Paranaense de Compliance, a empresa deve manifestar o interesse por meio de carta enviada via e-mail corporativo ou mediante envio de correspondência em papel timbrado da instituição de origem. O envio será para o e-mail riscos.compliance@sistemafiep.org.br

 

 

 

 

 

 

 

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