Para debater os efeitos da Indústria 4.0 e das atualizações das normas regulamentadoras na ergonomia e na prevenção de doenças ocupacionais, o Sesi, em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e apoio da Fundacentro, realizou um evento no dia 5 de fevereiro, no Campus da Indústria, em Curitiba.
Para Juliana Cipriani Presiazniuk, coordenadora de Segurança e Saúde para a Indústria do Sistema Fiep, as mudanças nos postos de trabalho industrial exigem que as empresas e profissionais da área tenham uma nova visão sobre a ergonomia para que possam, de fato, criar condições de trabalho adequadas para preservar a saúde do trabalhador e aumentar a eficiência nos processos. “Sabemos que a ergonomia pode prevenir as doenças e reduzir os riscos do ambiente laboral. Mas precisamos olhar para as tendências dessas novas relações de trabalho e verificar como a ergonomia 4.0 poderá nos ajudar” observou Juliana.
Nesse contexto, cada vez mais as empresas buscam desenvolver estratégias para melhorar as condições de saúde e segurança dos seus funcionários, mantendo-os aptos para o trabalho ao interagir com a tecnologia na realização das tarefas. Mas as novas tecnologias não estão presentes apenas nos processos produtivos. Muitas inovações tecnológicas estão surgindo para auxiliar as empresas a tornar os processos mais seguros e eficientes, diminuindo os riscos e garantindo o bem-estar dos colaboradores. Esse tema foi apresentado pela palestrante Alessandra Rolim Pescosolido, Engenheira de Segurança do Trabalho do Sesi Paraná, que mostrou novas soluções para a gestão da segurança e saúde dos colaboradores, como a plataforma Sesi Viva+.
Modernização das NRs
Para acompanhar todas essas mudanças, as Normas Regulamentadoras (NRs) também estão passando por um processo de modernização. Para falar sobre o assunto, o evento contou com a palestra do doutor em Ergonomia José Marçal Jackson Filho, pesquisador titular da Fundacentro, que ressaltou a contribuição da normatização em ergonomia para prevenção de agravos relacionados ao trabalho.
De acordo com Bruno Wanderley, Auditor Fiscal do Trabalho e Chefe da Inspeção do Trabalho no Paraná, a prevenção é o principal tema quando se fala de segurança e saúde no trabalho. “Pode parecer clichê, mas a verdade é que prevenir é sempre melhor do que remediar. E a ergonomia afeta a qualidade de vida no trabalho e, em casos mais extremos, pode causar doenças graves. O objetivo desse evento foi trazer orientações e chamar atenção para a atualização das normas regulamentadoras que tratam do tema” explicou.