

As indústrias de confecção de Apucarana, no Norte do Paraná, estão produzindo 5 milhões de máscaras cirúrgicas para serem usadas por profissionais de saúde que atendem detentos de todo o Brasil. A produção está gerando um faturamento de R$ 11 milhões para 50 empresas, num período de dois meses de trabalho. A ação foi viabilizada a partir da compra, pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), de SMMMS (Steri-Lap), um tecido específico para a produção do Equipamento de Proteção Individual (EPI). As máscaras estão sendo adquiridas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, para repasse a todos os presídios do país. Esta semana foram despachados carregamentos para penitenciárias de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, entre outros estados.

“O objetivo é manter as indústrias funcionando e garantindo os empregos neste momento de crise”, destaca Carlos Valter Martins Pedro, presidente da Fiep. Ele informa que o setor de confecção é um dos maiores empregadores do Paraná. A produção está sendo coordenada pelo Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana (Sivale). “Esta iniciativa da Fiep, em apoiar as indústrias, garante a produção e os empregos, evitando demissões”, destaca Elizabete Ardigo, presidente do Sindicato.
No total, a Fiep adquiriu 24 toneladas de tecido para a produção de 8 milhões de máscaras por indústrias de confecção de todo o Estado, numa ação em parceria com os sindicatos industriais do setor. A operação envolve 150 indústrias e 10 mil trabalhadores. Os EPIs estão sendo comprados diretamente das indústrias pelos governos federal e estadual e pelas prefeituras para repasse a hospitais, clínicas, postos de saúde, santas casas e sistema penitenciário. A Fiep terá a compra ressarcida pelas próprias indústrias.