Setor de Biomassa Florestal avança no Brasil e faz indústrias paranaenses crescerem
Vale do Tibagi investe na produção de pellets de madeira e inicia exportação após parceria com IST em Celulose e Papel O setor de Biomassa Florestal tem acompanhado grande evolução como opção energética. Nesse cenário, os pellets de madeira vêm recebendo papel de destaque. Pertencentes à classe das Biomassas, são combustíveis sólidos produzidos a partir […]
Vale do Tibagi investe na produção de pellets de madeira e inicia exportação após parceria com IST em Celulose e Papel
O setor de Biomassa Florestal tem acompanhado grande evolução como opção energética. Nesse cenário, os pellets de madeira vêm recebendo papel de destaque. Pertencentes à classe das Biomassas, são combustíveis sólidos produzidos a partir de fontes renováveis e reconhecidos com uma fonte importante de energia, sendo elaborados a partir de resíduos prensados de madeira proveniente de florestas renováveis.
Os pellets tem grande contribuição para a correta gestão dos resíduos florestais e um mercado maior na Europa, onde governos vêm buscando alternativas renováveis para a substituição de poluentes a base de petróleo. O material pode ser utilizado para geração de energia elétrica em plantas industriais bem como para aquecimento de ambientes residenciais e comerciais. Segundo Elines Machado da Silva Mainardes, consultora de PDI do Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Celulose e Papel, o Paraná é um estado estratégico para o setor de Biomassa Florestal. “A indústria de biomassa para energia tem grande potencial no Paraná, devido a nossa grande disponibilidade de matéria prima”, esclarece.
A Vale do Tibagi, indústria de Telêmaco Borba que faz atividades de logística, serviços florestais e produção de pellets, está em um local muito propício e tem acompanhado um crescimento do setor nos últimos anos. Na região, há indústrias que tem como matéria prima a madeira, o que gera resíduos que podem ser base para a fabricação dos pellets, como a serragem e maravalha.
Além da região, um dos fatores que fez com que a empresa crescesse foi a constante busca pela inovação e a parceria com o Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Celulose e Papel, que possibilitou a abertura para o cenário de exportações. Miguel Eduardo Berguer de Almeida, supervisor da Vale do Tibagi, esclarece que a parceria começou há 6 anos, quando o Instituto deu apoio técnico para conseguirem uma matéria prima de qualidade. “Com os estudos do Senai, pudemos melhorar significativamente nossa qualidade, identificando os pontos de melhoria, garantindo nossa matéria prima para fabricação do pellet e com isso conseguimos manter um padrão de qualidade do produto, conquistando um importante espaço no mercado de exportações”, relata.
Durante os anos de troca com a Vale do Tibagi, o IST apoiou a empresa com o controle de qualidade de seus produtos, mas Elines lembra que a parceria vai muito além de ensaios laboratoriais. “O Instituto também ofereceu suporte técnico para alinhamento da produção dos pellets, buscando otimizar a eficiência, como resultado foi possível obter um ótimo incremento na capacidade de produção. Já participamos juntos de eventos e recentemente fechamos um contrato anual para a prestação de serviços”, diz Elines.
O Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Celulose e Papel possui equipamentos para avaliação tanto da matéria prima quanto dos produtos obtidos. A infraestrutura foi importante para avaliar e alinhar as variáveis essenciais no pellet, como cinzas, poder calorífico, metais etc. O conhecimento da equipe técnica sobre a fabricação do produto e o uso final foi essencial para direcionar as melhores rotas durante todo o processo.
Devido ao grande resultado da parceria com a Vale do Tibagi, a indústria possui um contrato efetivo com o Senai, que permite que tenham acesso a toda estrutura laboratorial e presença dos pesquisadores do Instituto no dia a dia da indústria, dando apoio para análises e melhorias dos equipamentos e processos. “Apoiamos a empresa a encontrar a qualidade em seu produto, assim como a reduzir desperdícios no processo e utilizar o máximo de sua capacidade de produção. Nossa missão é apoiar empresas como a Vale do Tibagi a continuar em desenvolvimento, para que o setor de biomassa alcance todo seu potencial em fornecer energia sustentável, nacionalmente e fora do país, com a grande possibilidade de exportação principalmente para a Europa”, completa a consultora.
Conheça o Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel
O IST em Celulose e Papel faz parte de uma rede de sete institutos de tecnologia do Senai presentes no Paraná e apoia a indústria com a oferta de ensaios laboratoriais e relatórios técnicos, pesquisa aplicada e projetos de inovação com temas relacionados à Economia Circular, Celulose, Papel, Nanocelulose, Biomassa, Desenvolvimento de novas aplicações para resíduos lignocelulósicos, entre outros. Com o início de suas atividades em 2013, o Instituto já apoiou muitas empresas e aprovou junto às indústrias mais de 40 projetos de inovação. Para conhecer, acesse: www.senaipr.org.br/tecnologiaeinovacao/nossarede/celuloseepapel