Reunião em Curitiba encerra rodada de atualização do PELT 2035

A partir de agora, Plano Estadual de Logística em Transporte ganhará nova versão, que será entregue aos candidatos nas eleições deste ano

No encontro, lideranças puderam apontar obras que consideram prioritárias (Fotos: Gelson Bampi)

Com participação de lideranças de diversas entidades do setor produtivo e da sociedade civil paranaense, foi encerrada nesta sexta-feira (29), em Curitiba, a rodada de atualização do Plano Estadual de Logística em Transporte – PELT 2035. A partir de agora, as contribuições coletadas em todos os sete encontros, realizados em todas as regiões do Estado, serão compiladas pelo Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), responsável pela condução técnica do projeto, para que uma nova versão do documento seja entregue aos candidatos que concorrerão nas eleições deste ano.

Elaborado em uma construção coletiva que envolveu mais de 20 entidades da sociedade civil paranaense, o PELT apresenta 97 obras e projetos prioritários para que o Estado elimine gargalos logísticos até 2035. Desde o lançamento da última versão do plano, em 2016, 24% das intervenções foram concluídas. A maior parte, equivalente a 55% das demandas, já está planejada ou em início de execução. E os outros 21% ainda não tiveram avanços.

Nas reuniões de atualização realizadas ao longo do mês de julho, os participantes conheceram esse status da evolução dos projetos prioritários. Mais do que isso, puderam apresentar outras obras que consideram importantes que sejam incluídas no plano para aprimorar a logística estadual e regional.

“O PELT é um documento que foi entregue como contribuição das entidades ao poder público em 2016”, explicou o vice-presidente da Fiep e coordenador do Conselho de Infraestrutura, Edson Vasconcelos. “Passamos agora por uma nova janela eleitoral, por isso aproveitamos para fazer essa revisão. A ideia é contribuir com os candidatos para que percebam aquilo que o Paraná precisa, a longo prazo, para ser competitivo em infraestrutura, transporte e logística”, completou.

Ricardo Rocha, presidente do Crea-PR

Ricardo Rocha de Oliveira, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), um dos parceiros na elaboração do PELT, ressaltou que é importante que as entidades se mantenham mobilizadas também após as eleições. Passado o período eleitoral, certamente estaremos apoiando especialmente porque é uma visão de longo prazo”, disse. “Para que isso seja efetivo, é importante que haja o compromisso das entidades em apoiar os gestores, trazer recursos e buscar os investimentos que vão viabilizar essa infraestrutura que está sendo discutida aqui”, completou.

Intermodalidade
O gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep, João Arthur Mohr, responsável técnico pela atualização do PELT, destacou que a intermodalidade na logística estadual continua sendo fundamental. “Existe uma integração dos modais, principalmente entre o rodoviário, o ferroviário e o portuário. Fazer essa integração é fundamental, mas com obras de ampliação das rodovias, que virão com o novo modelo de pedágios; com investimentos em ferrovias, seja na Malha Sul ou na Nova Ferroeste; e com o Porto de Paranaguá preparado para uma movimentação muito maior de cargas, com ampliação de terminais, calado para navios e construção de novos píeres. Esse conjunto de obras é prioritário”, afirmou.

Vasconcelos acrescenta que, além da necessidade de investimentos em todos esses modais, novas demandas vêm surgindo para o transporte de cargas no Paraná. “Essa revisão do PELT tem mostrado que, em 6 anos, houve uma mudança no perfil de algumas cargas de algumas regiões. Nós estamos vendendo mais alimentos e menos commodities, transformando mais a produção aqui, e isso traz algumas diferenças principalmente para a busca do mercado interno. Hoje, um caminhão refrigerado que leve alimentos tem uma limitação pelo rodoviário, e pela navegação de cabotagem podemos ter um alcance muito maior no próprio país”, explicou, referindo-se a um novo tema que deve ser inserido no plano.

Obras na RMC
No encontro desta sexta, além da visão geral da infraestrutura do Estado, foram debatidas as prioridades para a Região Metropolitana de Curitiba. Muitas delas dizem respeito às rodovias que passam pela capital e seus arredores, especialmente pela necessidade de ampliação ou finalização dos contornos que desviam o tráfego da cidade. A construção da Nova Ferroeste, ferrovia que ligará o Mato Grosso do Sul e o Oeste do Paraná a Paranaguá, também é considerada importante para retirar os trilhos que atravessam Curitiba.

Além disso, a construção de uma nova pista no Aeroporto Afonso Pena, que permita a operação de voos internacionais de longa distância saindo diretamente de São José dos Pinhais, segue como um dos principais projetos do PELT para a região. A realização dessa obra está prevista dentro da concessão do aeroporto à inciativa privada, efetivada recentemente, e deve ocorrer nos próximos anos.

Outras reuniões
A última versão do PELT 2035 pode ser acessada clicando aqui. Além de Curitiba, as cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Francisco Beltrão, Guarapuava e Ponta Grossa também receberam reuniões para atualização do plano.

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